A
idade da razão, qual é mesmo?
Bom,
deve ser depois dos setenta, porque os sessenta são fogo ainda!
Quando começamos a envelhecer? Ou melhor, quando nos damos conta disso?
Uma pista é quando nos lembramos dos erros e acertos passados e não entendemos
como lhes dávamos tanta importância, como podíamos sofrer por
"aquilo", como podia parecer tão bom!
Você
já experimentou comer um doce que comia na infância e adorava e não sentir
prazer algum? É porque boa era a infância, o momento, a vida e não o doce.
Assim acontece com os príncipes e as princesas encantadas. Passado muito tempo
concluímos que eles e elas não tinham nada de especial, nem beijavam direito,
nem sabiam dançar, nem diziam coisas interessantes ou inteligentes, nem tão
bonitos eram. Por que então tanto desejo, tanto sofrimento, tantas lágrimas?
Parece
que outro atributo que adquirimos com o passar do tempo é o critério de
exigências cada vez maior. Com a maturidade a tolerância diminui, já não
fazemos "vista grossa" para os deslizes e não é qualquer agradinho
que nos seduz.
Deve ser a lei da compensação. Se já não sentimos como antes, se já não amamos
e odiamos como outrora, se nossas lágrimas se reservam para os grandes motivos
ou as grandes emoções, pelo menos não nos sujeitamos a parceiros medíocres,
relaxados, de humor duvidoso e beijos insossos.
A
natureza é sábia e está sempre certa. Os que a contrariam, ou tentam
contrariá-la, enganando-se e pensando enganar os outros é que acabam por se dar
mal.
A razão aumenta e a emoção diminui. É a lei da vida.
Sem
dúvida dá mais trabalho conquistar um (a) parceiro (a) maduro, entretanto,
quando se consegue... vale muito a pena!
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