Por diversas vezes citei aqui a
necessidade de viajarmos de avião e olharmos pela janelinha. É um choque de
insignificância necessário para certos egos.
O que vemos além das nuvens? Grandes matas, grandes rios, grandes extensões de
terra e pequenos redutos de casas e formiguinhas feito carros, caminhões e
gentes espremendo-se entre elas. Pois essas somos nós, com nossos “imensos
problemas”, um nada diante
do que nos cerca.
Além
dessa constatação, tenho refletido sobre outro aspecto: como esses seres
minúsculos conseguem prejudicar tanto uma natureza tão majestosa? Será que
realmente causamos tanto estrago assim? Mesmo sabendo que a maioria do planeta
jamais foi sequer visitada por um ser humano?
Geralmente, ficamos catatônicos diante da TV, assistindo aos
desastres naturais ocorridos em nosso país. Como uma avalanche, um tsunami, a
serra carioca praticamente foi varrida do mapa, com toda sua gente, suas
belezas, suas riquezas.
As enchentes no sul, a seca nos reservatórios de água da maior cidade do país e, concomitantemente, alagamentos impensáveis, com carros e gentes boiando em minutos em São Paulo.
Raios que matam, incendeiam. Granizos que destelham casas, derrubam tudo, ventos que sopram como o Lobo Mau, colocando as casas dos porquinhos abaixo.
Como
sempre acontece nesses casos, atos de bravura, de coragem, de solidariedade
multiplicam-se e resgates milagrosos acontecem.
Quem
fica? Quem vai? Quem determina?
Mais uma vez, diante da arrogância e prepotência de muitos, fica patente que não somos nada, não
temos poder algum diante de uma natureza enfurecida e frente à tragédia não passamos de formiguinhas atônitas.
Essa é a verdade.
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