Meu
avô já dizia que sinceridade demais é falta de educação.
E
falsidade demais? Não será ruim também?
Minha
trajetória pelo mundo vive me ensinando coisas, inclusive a domar minha
impulsividade, a contar até dez, a mastigar coisas, a esperar a vez, enfim, um
controle difícil que nem sempre consigo manter.
Conheço
pessoas que dizem tudo o que pensam "na lata" e depois sofrem com
isso, cheias de remorsos e/ou arrependimentos. Outras nunca se arrependem e só
lamentam aquilo que não chegaram a dizer.
Conheço outras
pessoas que nunca dizem o que pensam, se incomodam pouco, mas ficam mastigando,
ruminando suas mágoas e a vontade de ter tido coragem de dar uma reposta ou
fazer uma determinada colocação.
Qual delas é a mais
feliz? Não sei.
Já perdi noites de
sono por ter falado demais, exposto demais meu ponto de vista e amargado as
consequências, quase sempre desagradáveis.
Passei outras noites insone
indignada por não ter falado o que deveria e que se danassem as
consequências.
O que será melhor?
O que será menos pior?
Claro que
me refiro a assuntos polêmicos, a problemas delicados, a pessoas próximas
de alguma forma, já que os comentários sobre pessoas distantes, ou sobre
desconhecidos não costumam nos desgastar.
Sei que, se todo mundo
falasse tudo o que pensa, a vida em sociedade, em comunidade ou até mesmo em
família seria inviabilizada.
Por outro
lado,como se pode viver a vida toda só na superfície, nas beiradas, na fachada?
Ainda não cheguei a
uma conclusão.
Vale a pena ser sincero? Ou é
melhor ser sempre apenas educado?
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