Não
preciso justificar meu voto para ninguém. Aliás, nem precisava declará-lo, uma
vez que o voto é pessoal e secreto. Se o faço, é porque quero. Porque eu mesma
desejo procurar em mim as tantas razões que me levaram a votar num candidato
que não era minha primeira opção e num partido que eu nem sabia que existia.
Nunca
fui filiada a nenhum partido político. Tornei-me adulta na época da Ditadura
Militar e só fui votar já com meus filhos no colo. Também não achava falta,
assim como nunca me senti tolhida em nada naquele período. Lembro mais é de
algumas músicas do Chico Buarque, as mais bonitas que ele compôs, lá em Paris
naquela época em que foi exilado. Achava normal ter aulas de Educação Moral e
Cívica, Organização Social e Política do Brasil, Estudos de Problemas
Brasileiros e também cantar o Hino Nacional todas as segundas-feiras no início
das aulas. O fato dos cadernos trazerem os hinos pátrios nas capas ajudava
bastante a decorar as letras. As escolas e instituições tratavam o Presidente
da República com respeito e cerimônia e ninguém fazia piada com eles.
Os
diretores de escolas e os reitores das Universidades focavam muito na educação,
no aprendizado, na pesquisa, no crescimento intelectual dos alunos e não se
falava em política nessas instituições de ensino. Talvez nos cursos
universitários mais específicos, como os de Direito, Relações Internacionais e
Diplomacia, o assunto fosse mais abordado, obviamente sem o viés marxista e sem
doutrinação. Os alunos iam vestidos adequadamente e jamais se soube de algum deles
que tirasse a própria roupa, pichasse paredes ou gritasse palavrões no ambiente
escolar e universitário. Mesmo porque não
éramos tolos de pensar que essas atitudes iriam convencer alguém de
alguma coisa, sendo que só depunham mesmo contra quem as praticava.
Trabalhando
desde cedo e lecionando numa Universidade pública que começava a se transformar
em outro tipo de escola, simpatizei com o Partido dos Trabalhadores e,
inclusive, meus primeiros votos foram para seus candidatos. Foi uma estrondosa
decepção! Além de corruptos, usaram o dinheiro do povo para fomentar ditaduras
esquerdistas em outros países, rebentaram com nossas estatais, enganaram o povo
mais humilde com bolsas mal distribuídas, superfaturaram obras e deixaram a
maioria sem conclusão, destinaram dinheiro púbico a espetáculos de natureza
duvidosa, sem critério algum na escolha, permitindo que até as crianças fossem
envolvidas na rede de libertinagem que tentaram infringir à sociedade.
Enriqueceram, tripudiaram, mentiram, deram uma banana para o povo e a sociedade
se desmantelou, a família foi destroçada, o estado passou de laico a ateu e
debochado, os políticos chegaram num grau jamais visto de corrupção, as escolas
fora destruídas, os professores apanhando dos alunos e mesmo assim louvando os
governantes, propriedades foram invadidas por bandos de arruaceiros cujo único
intento é sempre destruir e nunca constroem nada, atores e cantores sem
categoria fazendo discursos em shows onde foram pagos para representar e cantar,
pessoas assaltadas em todos os lugares e os “de menor” impunes e soltos na
mesma hora. E o povo assistindo tudo isso estarrecido... até que resolveu
reagir, se insurgiu, foi para as ruas com a nossa bandeira, vestiu com orgulho
as cores do Brasil e clamou por mudança.
Até
aí não havia um candidato e o grito era de “Basta!”. Basta de corrupção, de
amoralidade, de mentiras! E o povo conseguiu um poderoso aliado, um juiz novo e
destemido, que perdeu a própria liberdade e resgatou o Brasil para os brasileiros
honestos e saturados do desgoverno daquele partido, que se ia eternizando no
poder graças à rede e ao aparelhamento que criou. Se o partido era de esquerda,
urgia dar uma guinada à direita para ver se acertávamos o prumo do país. E foi
o que aconteceu. Quando sentiram que o candidato da direita crescia e que o
povo começava a aclamá-lo, vendo nele uma oportunidade de retomar o curso do
país, tentaram eliminá-lo. Mas Deus o salvou! Impedido de fazer campanha,
recuperando-se do ataque covarde e cercado por forte aparato de defesa, o
candidato entregou sua campanha ao povo brasileiro, que o elegeu.
Respeitar
regras e autoridades não consta do manual do partido que extinguimos do poder.
E vociferam como Lúcifer, com ameaças, xingamentos, ofensas de todo tipo,
revoltas. Mesmo vendo que seus líderes estão errados, que se reaproximam de antigos
desafetos políticos quando lhes convém, fazem conchavos, estão presos, usam
peles de cordeiro sobre a natureza de lobos, mesmo assim eles torcem para tudo
dar errado se não estiverem no poder> Nada consegue mudar a cabeça de alguém
que deixou de raciocinar sozinho e prefere repetir sempre o que “seu mestre
mandar”. Não por acaso a grande maioria dos seus adeptos é analfabeto funcional,
ou com severas tendências marxistas e comunistas.
A grande
maioria do povo brasileiro, quase a totalidade dos brasileiros com mais acesso
à instrução (e sem os fanatismos emburrecedores) escolheu o candidato de
direita. Com seu discurso forte de combate à corrupção, de proteção da família
e das instituições, de corte de mordomias e regalias dos políticos e de resgate
dos valores da sociedade ele conseguiu adeptos em todas as regiões brasileiras,
inclusive nas capitais nordestinas, onde o povo é mais escolarizado.
Assim,
eu também aderi a esse viés mais à direta, porque, como essa grande massa de
brasileiros, também estava cansada dos desmandos da esquerda. Surpreendi-me favoravelmente
ao perceber que quase a totalidade dos meus amigos, virtuais e reais, pensava
como eu. Foi um alívio! Um oásis de trocas de ideias, compartilhamento de
notícias e uma grande torcida pelo mesmo resultado. Duas ou três decepções,
pouquíssimas interferências negativas, nada que não se resolvesse apenas
“deixando de seguir” nas redes sociais. Inclusive, no tocante às amizades,
nossa tomada de posição foi positiva, com novas afinidades a amizades
fortalecidas.
Meu
voto em Bolsonaro foi declaradamente um voto contra a continuidade da esquerda
no poder. Por julgá-la nefasta e por acreditar que nenhuma democracia sobrevive
sem a salutar alternância. Depois de 16 anos à esquerda, nossa República volta
a se oxigenar com novas ideias, novos valores, novos políticos e novas
concepções. Votei nele também porque não acredito que ele seja homofóbico,
machista e tudo o mais que lhe atribuíram. Ao contrário, demonstrou grande
apreço e carinho à sua esposa e, como eu, entende que as preferências sexuais
dos adultos só dizem respeito a eles próprios e não necessitam ser alardeadas
ou virarem propaganda nas ruas. Imagino que Bolsonaro vá procurar se assessorar
bem e que, se a esquerda não insistir em barrar todas as suas boas iniciativas,
teremos um bom governo para o nosso país, tão sofrido e vilipendiado. Sabemos
que os radicais da esquerda preferem que o barco sempre afunde e não desejam
nada de bom para o povo se não for no governo deles. É o caso dos ateus
comungando e prometendo matar a fome do sertanejo... só se for com eles no
poder, senão eles preferem que todos se lasquem. Uma boa ideia do candidato do
Partido Novo que poderá ser seguida por Bolsonaro é a de fazer todas as
reuniões de votação com a Câmara e o Senado televisionadas em tempo real, a fim
de que o povo possa ver exatamente quem vota contra ele e contra o que pode
melhorar a sua vida. E jamais reeleger esses que agem assim.
Bolsonaro
ganhou em todos os países para onde nossos jovens precisaram sair, em busca de
um futuro que já não encontraram por aqui, deixando sua pátria, sua família e tentando
uma vida mais digna, mais justa, com menos bandidos e menos violência em terras
distantes. Foi o recado dolorido que tantos brasileiros desterrados deram ao
país, desenrolando nossa bandeira e fazendo fila nas portas dos Consulados para
poderem votar. E quem sabe um dia voltar a traçar suas metas, concretizar seus
sonhos na sua terra, em outra realidade.
Por
tudo isso e o que mais ficou implícito neste longo texto, eu votei em
Bolsonaro.
E
desejo que ele faça um excelente governo, que recoloque nosso país no lugar de
onde ele nunca deveria ter saído e que, de 4 em 4 anos, tenhamos gente nova, cheia
de energia e boas ideias no governo, sem que a nação seja diminuída, roubada,
desvalorizada. Mais empregos, mais educação e futuro para os nossos jovens,
menos partidos políticos, Previdência justa com quem trabalha, verbas reais
para a Educação e a Saúde e menos, muito menos desperdício em obras inacabadas e
superfaturadas e também em shows
artísticos de qualidade duvidosa.
Fé e
força Brasil! Nós estamos contigo!
6 comentários:
Comenrário perfeito....faço minhas suas palavras...trechos brilhantes pautados na Historia do Brasil. PARABÉNS.
Parabéns amiga Maria Luiza pelo belo texto cheio de sentimentos profundos de amor à Patria, a Deus, à família e ao próximo, o que mais gosto em tudo que escreve é que realmente vem do coração , com muita sinceridade, sem medo de expressar aquilo que realmente é verdadeiro para você. Que você sempre tenha o merecido sucesso em sua carreira como escritora.
Como sempre sábias palavras e de quem dá cara a tapa,enfrentando com dignidade as diferenças de pensamento. Como tu também lá no Alegrete vivi tempos de Ditadura,que nunca me incomodou,foi imperceptivel,nunca fui dada à política.E os anos passaram eis que aos 66anos,resolvi entrar de cara nesta eleição,só o tempo dirá se acertei,creio que é um gesto de esperança por anos de escuridão.
Parabéns Maria Luiza dissestes tudo que nós eleitores do Bolsonaro pensamos. É exatamente isso. Grande abraço
É...mais uma vez falastes por mim!!
Parabéns pela fluidez do teu texto!!
Também votei pelas mesmas razões.Trago comigo meu coração esperançado e muita fé em um Brasil renovado.
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